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Mulheres vivem mais mas podem viver (ainda) melhor

Nos dias 10, 11 e 12 de março, o Women Aging Summit, que se realiza pela primeira vez em Portugal, é o ponto de partida para uma discussão pública em torno do envelhecimento feminino. "A idade não pode limitar a essência nem a autoestima da mulher", defende uma das cofundadoras do evento.



Nos dias de hoje, ainda são muitos os que pensam que envelhecer tem de ser forçosamente sinónimo de privação de plenitude e de felicidade. Empenhada em combater essa ideia, a cantora, compositora, realizadora, atriz, empresária, escritora, guionista e produtora discográfica norte-americana Madonna continua a inundar as redes sociais de fotografias onde se apresenta com visuais ousados e roupas provocantes, um atrevimento que um grande número de pessoas considera desadequado a uma mulher prestes a fazer 65 anos.


"É humanamente impossível travar o processo de envelhecimento, mas está nas mãos de cada um de nós viver essa viagem de forma natural, digna e sem preconceitos", defende a organização do Women Aging Summit, evento que se realiza pela primeira vez em Portugal, em Lisboa, nos dias 10, 11 e 12 de março. Ao longo desses três dias, no edifício Central Tejo, serão abordados, em palestras e workshops, temas como a sexualidade na terceira idade, o combate ao idadismo, a menopausa e os desafios que saúde mental e a inclusão encerram.


"A idade não pode limitar a essência e a autoestima da mulher. Envelhecer no feminino é ousarmos ser autênticas e coerentes connosco mesmas, é descobrir a nossa natureza e pô-la em prática, sem complexos ou culpas. Este caminho é absolutamente mais poderoso em conjunto e, por isso, este evento vai ser um espaço de partilha e de entreajuda, onde é permitido falar de tudo abertamente. Vai romper mitos associados ao avançar da idade", assegura a artista plástica Maria Seruya, uma das cofundadoras do Women Aging Summit.


"Ao aprendermos a cuidar de nós, podemos cuidar melhor dos outros", defende também a assessora financeira Rebeca Pinheiro Silva, outra das promotoras da iniciativa. "Tomar consciência do nosso eu e conectar-nos a outras mulheres que vivem ou viveram experiências semelhantes às nossas vai abrir um caminho sem preconceitos e sem julgamentos para alcançar uma vida mais plena", acredita. A escritora e economista Helena Sacadura Cabral é uma das oradoras convidadas. Mas já são conhecidos outros nomes.


A investigadora e ativista Laura Sagnier, o cirurgião plástico Tiago Batista Fernandes e a apresentadora de televisão Liliana Campos também aceitaram o repto da organização. Atualmente, 53% dos residentes em Portugal são mulheres. São mais de 5,4 milhões. "Dessas, cerca de 940.000 estão na faixa etária acima dos 65 anos, o que torna ainda mais urgente e atual a questão da qualidade do envelhecimento feminino", justifica a organização do evento. Os bilhetes já estão à venda e custam entre os 18 € e os 87 €.


A entrada para os três dias, com acesso físico ao grande auditório do edifício e participação nos workshops, é a mais dispendiosa. O bilhete de um dia para sábado, dia 11, custa 55 €. O preço do acesso aos workshops varia consoante as datas. Na sexta-feira, dia 10, implica o pagamento de 18 €. No sábado, custa 45 €. Os de domingo estão a ser comercializados a 27 €. Para os que não se podem deslocar ao Central Tejo, foi criado um bilhete online para os três dias, com acesso às palestras do grande auditório do espaço. Está a ser vendido a 25 €.

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