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Os encantos de um hotel com (muitas) histórias

Localizado em plena zona ribeirinha, ocupa parte de um antigo edifício religioso que ficou imortalizado no mais épico romance de Camilo Castelo Branco, "Amor de perdição", em 1862. Aberto em plena pandemia, em agosto de 2020, o Neya Porto Hotel é hoje a escolha perfeita para uma estadia na cidade.



A autorização para a reconversão veio diretamente de Roma. Foi dada pelo papa Paulo III em 1535. Fundado por um casal de nobres que não tinham descendência, D. Pedro da Cunha Coutinho e D. Beatriz de Vilhena, no paço onde residiam no antigo lugar de Monchique, na zona ribeirinha do Porto, o convento da Madre Deus de Monchique foi, entre 1538 e 1834, um espaço de reclusão e de oração feminino pertencente à Ordem dos Frades Menores e à Província de Portugal da Observância.


Com a extinção das ordens religiosas, o edifício teve outras vidas. Foi depósito de arsenal militar, fábrica de moedas, armazém de ferramentas, depósito de reservas de pólvora e repartição das obras da Alfândega do Porto, hoje um dos melhores centros de congressos europeus, localizado a uma centena de metros. Em 2012, parte do convento e das construções anexas foram adquiridas pelo grupo hoteleiro Neya, ganhando uma nova vida com a abertura do novo Neya Porto Hotel, a 3 de agosto de 2020.


Localizado nos números 35 a 41 da rua de Monchique, representa um investimento de 18 milhões de euros e foi inaugurado apenas em 2022. Para além de 124 habitações, incluindo 65 quartos e suites com vista privilegiada para o rio Douro, 22 com vista para o antigo claustro do convento e 34 com vista para o espaço ajardinado que foi recuperado, integra também o restaurante Viva Porto, o sky bar e lounge Último, um spa, um centro de negócios, um kids club e três salas de eventos.


O spa, que ocupa três andares, funciona num antigo espaço do convento onde Teresa de Albuquerque, a heroína feminina do romance "Amor de perdição", publicado pelo escritor Camilo Castelo Branco em 1862, se despediu do seu amado, Simão Botelho, obrigado a embarcar num navio a caminho do degredo. Um arco que se crê ser manuelino decora uma das portas do antigo edifício religioso, que tem prevista a construção de uma piscina interior num dos espaços ainda disponíveis nos próximos anos.


Pormenores que fazem (toda) a diferença


A preocupação com a sustentabilidade ambiental, uma das bandeiras do grupo hoteleiro Neya, está presente em todos os detalhes, ainda que muitos deles sejam impercetíveis para a maioria dos hóspedes. Além de painéis solares para aquecimento de água, há redutores de caudal em todas as torneiras e janelas que reduzem as emissões de carbono. Os cartões de abertura das portas, inicialmente de plástico, foram substituídos entretanto por chaves eletrónicas (mais) ecológicas, fabricadas em madeira.


A estratégia ambiental que tem sido adotada tem sido reconhecida, nacionalmente e internacionalmente. O Neya Porto Hotel foi a primeira unidade hoteleira do país a conquistar a certificação LEED Gold, uma das categorias da iniciativa Leadership in Energy and Environmental Design, atribuída apenas a edifícios que privilegiam métodos de construção/recuperação e gestão de energia mais sustentáveis e ecoeficientes. A carta que o atesta está exposta na receção do hotel mas não é a única.


Também há o certificado que atesta o Neya Porto Hotel monitorizou e compensou as emissões de gases com efeito de estufa resultantes da sua atividade com a participação em projetos florestais nacionais, o selo de sustentabilidade ambiental atribuído pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) logo no ano de abertura e a placa do Green Key 2021, o galardão internacional com que a Foundation for Environmental Education (FEE) presenteia entidades com práticas ecológicas.



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