Dois anos depois da última alteração, o restaurante lisboeta surpreende os clientes com novas propostas gastronómicas. Além de uma sopa de abóbora assada, maçã e sálvia crocante, há lulas recheadas com camarão, curgete e alcaparra e anchova, um novo risoto, uma nova piza e novos pratos de carne.
Abriu há (já) cinco anos, é um dos restaurantes italianos mais prestigiados da capital e acaba de renovar a ementa com propostas (muito) irresistíveis, validadas por Jamie Olivier, o prestigiado chef de cozinha, empresário de restauração e autor de livros de culinária britânico que lhe dá nome. "Precisávamos de dar uma vida à nossa carta", assume João Lino, chef executivo do grupo empresarial que o gere, o Food Collection, que também detém a cadeia de restauração Italian Republic e os restaurantes Udon e The Green Affair.
Entre as novidades agora disponíveis há a apple & squash soup, uma reconfortante sopa de abóbora assada com sálvia e maçã com sálvia crocante, sementes de abóbora, natas e pão chapata tostado. Stuffed squid foi o nome dado ao novo prato de lulas estufadas, recheadas com camarão, curgete, alcaparra e anchova, servidas com molho de tomate e marisco e ciabatta tostada. Funghi risotto, um risoto cremoso de cogumelos assados com legumes da estação e queijo mozarela, é outra das propostas da renovada carta do restaurante.
Os amantes de piza têm também uma nova alternativa na ementa. The carbonara alia o melhor molho branco ao mozarela, ao ovo, à pancetta fumada, ao alho-francês, ao alecrim e ao queijo parmesão. Na carne, é a perna de borrego desfiada com ragu de ervilha e hortelã, massa pappardelle, pangrattato de ervas aromáticas e queijo parmesão a desafiar os paladares mais exigentes. Tuscan lamb pappardelle foi o nome com que Jamie Oliver batizou o prato. "Esta carne demora quatro horas a estufar", confidencia João Lino.
Para ter o gosto que a torna irresistível, é temperada de véspera. "A massa é fresca e feita cá. Todos os dias fazemos aqui a nossa massa", revela ainda o cozinheiro, um antigo sargento da marinha que, um dia, trocou o cheiro a maresia pelo dos tachos e das panelas. Na cozinha do Jamie's Italian, tem hoje um desafio acrescido. "Os ingredientes têm de ser todos sustentáveis. Há produtos que não são fáceis de encontrar mas, até agora, temos conseguido", orgulha-se o chef. Motivos de satisfação não lhe faltam, na verdade.
"Somos o único restaurante do mundo [da cadeia] que serve pratos do dia", regozija-se. "Isso não foi autorizado em mais lado nenhum. Acho que é uma vitória para nós", desabafa. As fichas técnicas das sugestões gastronómicas são regularmente enviadas para Jamie Oliver. É ele que as valida, recusa ou sugere alterações. "Estamos permanentemente em contacto com ele e com os chefs que trabalham com ele", revela o cozinheiro português. Num prato, pediu para trocar amêndoas por nozes. Mas, por norma, não interfere muito.
"Já nos aprovou um risoto de grelos e uns croquetes de alheira de Mirandela. Em vez de os moldar em croquete, fizemos umas esferas e ele, como já tinha comido alheira, achou piada ao facto de a termos desconstruído e validou-a", revela o chef de cozinha. Para assinalar o quinto aniversário do restaurante, localizado na praça do Príncipe Real, em Lisboa, foi também criado o cocktail 5, um coquetel com gin, vinho prosecco, limoncello, caviar de frutos silvestres, maracujá e lima fresca, para brindar às muitas novidades da nova carta.